sábado, 2 de abril de 2011

Resenha: Old Dragon - Antes tarde do que nunca!


Rááááá!

Mais uma vez entro em ação, desta vez utilizando das minhas habilidades pseudo-intelectuais de resenhista de livros!

E o escolhido para ser o alvejado de hoje é...





...

O Old Dragon!

Mas isso você já sabia se ao menos leu o título desta postagem.

Buenas, desde que resolvi criar esta imundície de blog eu nunca havia ganhado nada com ele (na verdade ainda não ganho, e sim gasto...tempo!), mas imaginem só a grata surpresa que eu tive ao receber diretamente do Mr. Pop um exemplar do ilustríssimo Old Dragon.

Estou devendo essa resenha há muito tempo, visto que já estou em posse do Old Dragon há alguns meses (ou já seriam anos?) e se eu demorar mais, daqui a pouco saíra um Advanced Old Dragon e eu nem terei feito a resenha da primeira edição ainda.

Como o título sugere, antes tarde do que nunca! Confiram só as impressões do Trapaceiro acerca do dito cujo sistema.

O Velho Dragão

Antes de tudo, eu acho o nome retroclone um pouco feio para ser utilizado no Old Dragon. Digamos que o Old Dragon pegou tudo o que havia de bom do D&D "Crássico" e do AD&D, retirou aquilo que atrapalhava (xô TAC0...) e agregou algo da 3ª edição (BBA pra que te quero). Temos aí o Old Dragon. Simples, rápido e prático. Uma Brastemp.

Há todos os atributos clássicos das edições de Dungeons & Dragons (Força, Destreza, Constituíção, Inteligência, Sabedoria e Carisma).

As classes são: Clérigo, Homem de Armas, Mago e Ladrão. Um adendo interessante aqui, é que foram criadas uma espécie de classe de prestígio, ou como o próprio livro dá nome aos bois, de Especializações.
O Clérigo por exemplo, pode se especializar e se tornar um Druída ou um Cultista no 5º nível. O Homem de Armas pode se tornar um Paladino, um Guerreiro ou um Bárbaro. Um Mago pode se tornar um Ilusionista ou um Necromante, e assim por diante.
As Raças adaptadas ao sistema foram os Humanos, os Anões, os Elfos e os Halflings. Cada um com seus bônus e penalidades.

O Old Dragon preza a simplicidade, e por isso quem já está familiarizado com o D&D ou AD&D não vai ter problema algum em assimilar as regras.

Dois pontos que acho importante destacar no geral das regras, é que por ser um sistema Old School, o Old Dragon continua tão letal nos primeiros níveis quanto os D&D's antigos. Um simples encontro com o mais fraco dos Goblins pode derrubar um grupo inteiro se Murphy estiver ao lado dos jogadores nas jogadas de dados.

A outra coisa, e que não me agradou muito foi a tabela de porcentagem das habilidades de Ladrão. Eu sempre preferi jogar com ladinos, e eu gostava de poder customizar as perícias de ladrão da mesma forma que era no AD&D. No Old Dragon a coisa é diferente, aqui temos uma tabela única na qual o jogador deve ir atualizando conforme progride nos níveis.
Como diz o velho ditado, "Não há como agradar Gregos e Troianos".

Ilustrações

Ah, para aqueles que tem apenas o Fast Play baixado no pc, saibam que estão perdendo uma das melhores partes do livro. Na versão impressa do Old Dragon há muito mais ilustrações, e todas muito boas. Tirei o chapéu para os ilustradores, todas remetem ao bom e velho estilo Old School.

Como bom e velho rabugento só tenho uma única reclamação. A ilustração da capa poderia ser um pouco melhor. Ela não é ruim, mas comparado com as imagens de dentro do livro (como a da página 17 por exemplo, só para citar) ela é relativamente inferior. Nada que atrapalhe, mas há sempre pessoas que "julgam um livro pela capa".

Organização

O livro está muito bem organizado. É fácil de achar as sessões. Há um apêndice para criar o personagem em apenas 10 passos, outro com o glossário e por fim, um último com índice remissivo e de tabelas.
Não consegui encontrar erros de português e concordância, e isso é bom para calar a boca daqueles que falam mal de sistemas nacionais. Aqui chegamos ao auge da perfeição.

No Geral

Se o objetivo do Old Dragon era ser um RPG simples e Old School, conseguiu alcançar seu objetivo com maestria.
Além de ser um livro com acabamento muito bonito e páginas em um papel maldito que não sei o nome, mas que é um daqueles papéis de ultra qualidade meio brilhosos (nada de livro com folhas de "papel higiênico lixa rabo"). Mas o que há de melhor mesmo é o preço: Só R$24,90 cruéis.

Tá e acaba por aí?

É claro que não vermes. Aproveitando que estou devendo essa resenha há várias eras passadas para o pessoal do Old Dragon, aproveito para mostrar as novidades que já estão por aí e as novidades vindouras.

Escudo do Mestre



O Escudo do Mestre do Old Dragon foi lançado na mesma época do livro. É um material que além de enfeitar a mesa, facilita a vida do mestre (protegendo-o de olhares furtivos dos jogadores em suas jogadas das secretas). Pode ser adquirido na loja virtual do Old Dragon por módicos R$14,90.


Miniaturas



Essa novidade deixou todo mundo com o queixo caído. Em uma parceria milionária com a Kimeron Miniaturas, o Old Dragon presenteou os jogadores com Old Schoolzíssimas miniaturas . Além de serem de uma liga super resistente elas não dão cancêr como as miniaturas vendidas nos anos 90! =D
O preço está muito bom, um conjunto de 10 miniaturas sai por 35 mirréis, ou seja, R$3,50 por cada mini. O único contra (ou pró se você for um artista) é que as minis são vendidas sem pintura. Manés sem aptidão nenhuma em pintura (como eu) terão algum problema em tentar pintá-las.


Grid de Combate



Esta é a novíssima novidade do Old Dragon. O grid serve para que os jogadores incrementem seus combates, fazendo com que fique melhor a visualização do mesmo. O grid sai por R$19,90.

Buenas vermes, tudo isso vocês encontram na loja virtual do Old Dragon, acessando este link aqui.

Palmas ao Paragons e ao Vorpal por apostarem suas fichas nesse projeto Old School!

Nos vemos no próximo post macacada!


Sobre o Autor:
O TrapaceiroO Trapaceiro é uma das mentes doentias por trás do Blog do Dragão Banguela. Futuro professor de História, quando formado, irá ensinar aos seus alunos o "Evangelho Segundo o Rpgista Old School". Acredita piamente que o saudoso AD&D será republicado um dia.


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